Latifundiário e pistoleiros seqüestram e torturam camponeses em Rondônia
A Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental denunciou o seqüestro de dois jovens camponeses em Buritis – RO no último dia 27 de junho após uma emboscada atribuída ao latifundiário Edilson Caldato e outros sete pistoleiros.
Os camponeses foram barbaramente torturados com golpes de facão nas costas, chutes e cortes de canivete nos braços.
Durante as sessões de espancamentos, os camponeses relataram que o latifundiário fez ameaças de morte às famílias e disse que iria expulsar as famílias das terras do Rio Alto para não perder a madeira cortada, pois já a teria vendido ao irmão do vice-prefeito da cidade de Buritis pelo valor de um milhão e duzentos mil reais.
O chefe do bando de pistoleiros foi identificado pelos camponeses e é conhecido como Abelardi. Ele, segundo contam, foi funcionário do Incra em São Francisco do Guaporé/RO.
No mês de junho as famílias ameaçadas retomaram as terras onde hoje se situa o Projeto de Assentamento Rio Alto (terras reclamadas pelo latifundiário Edilson Caldato) e expulsaram os pistoleiros da sede da fazenda. Desde então mais de 80 famílias organizadas pela LCP montaram três acampamentos na área que será cortada em 700 lotes.
Os camponeses ainda denunciam que no mesmo dia 27 de junho uma caminhonete da fazenda foi vista entrando na área carregada com armamentos e munições. Até o dia 28 cerca de treze famílias foram cercadas pelos pistoleiros e impedidas de circular de um acampamento ao outro.
Clique no link resistenciacamonesa.com para ver a nota da LCP na íntegra, com outras denúncias de articulações entre o Incra e a família Caldato para expulsar os camponeses da terra.
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