PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE
PSOL- MARABÁ
Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade ( PSOL-MARABÁ)
"Apresentamos aos familiares do camarada Professor e Sindicalista Manoel (O Manoelzinho) nossa solidariedade e sentimentos pela sua morte ocorrida de forma inesperada” . O camarada e companheiro Manoelzinho deixa aos seus familiares e amigos e a todos nós o exemplo de uma vida dedicada à famíla ao trabalho e, também, de compromisso com a causa do povo e da liberdade, compromisso este vivenciado com seus companheiros de luta Sindical. Recebam nesta hora difícil, nosso abraço de afeto e carinho.
Marabá , 08 de Agosto de 2009.
Joyce Rebelo
Presidente do Diretório Municipal do PSOL-MARABÁ
Pesquisa em Educação
sábado, 8 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
MANIFESTAÇÕES DE FOOOOORAAA ..............YEDA.
Após ação do MPF contra Yeda, manifestantes protestam em frente ao Palácio Piratini
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual
Atualizada às 21h23min
Logo após o término da entrevista coletiva dos promotores do Ministério Público Federal no Estado (MPF), que pediu o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius, dezenas de pessoas iniciaram uma manifestação na frente do Palácio Piratini, na Capital, nesta quarta-feira.
Entenda a ação civil ajuizada contra a
governadora Yeda Crusius e políticos gaúchos
Saiba mais sobre os nove envolvidos
na ação do Ministério Público Federal
Envolvidos em ação do Ministério
Público Federal se pronunciam
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual. A Brigada Militar (BM) reforçou a segurança no local e coordenou um cordão de isolamento na Avenida Duque de Caxias a fim de que as pessoas não chegassem perto do palácio.
PSOL PROTOCOLA PEDIDO DE IMPEACHMENT DA GOVERNADORA YEDA CRUSIUS
PSOL protocola pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius
Partido entregou documento ao presidente da Assembleia, Ivar Pavan
Paralelo ao movimento de instalação da CPI entre os deputados da Assembleia Legislativa do Estado, o PSOL trabalha com a hipótese do impeachment da governadora Yeda Crusius.
No final da tarde desta quinta-feira, quando o pedido de criação da CPI da Corrupção já havia sido protocolado com 39 assinaturas,parlamentares do PSOL tendo a frente a Deputada Federal Lucina Genro, entregaram ao presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), um documento pedindo agilidade na votação do processo de impeachment.
— A Assembleia precisa se antecipar à Justiça e implantar o processo de impeachment para que o afastamento da governadora seja definitivo e não sujeito aos recursos judiciais — disse Luciana Genro.
O presidente disse que entregará cópia do documento aos integrantes da Assembleia, mas não teria ingerência no processo de impeachment.
Partido entregou documento ao presidente da Assembleia, Ivar Pavan
Paralelo ao movimento de instalação da CPI entre os deputados da Assembleia Legislativa do Estado, o PSOL trabalha com a hipótese do impeachment da governadora Yeda Crusius.
No final da tarde desta quinta-feira, quando o pedido de criação da CPI da Corrupção já havia sido protocolado com 39 assinaturas,parlamentares do PSOL tendo a frente a Deputada Federal Lucina Genro, entregaram ao presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), um documento pedindo agilidade na votação do processo de impeachment.
— A Assembleia precisa se antecipar à Justiça e implantar o processo de impeachment para que o afastamento da governadora seja definitivo e não sujeito aos recursos judiciais — disse Luciana Genro.
O presidente disse que entregará cópia do documento aos integrantes da Assembleia, mas não teria ingerência no processo de impeachment.
Juíza segue processo da Operação Rodin há dois anos
Simone Barbisan Fortes transformou em réus 40 suspeitos de envolvimento na fraude milionária do Detran
A nova etapa na Operação Rodin aberta pela ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) encontrará uma velha conhecida: a juíza federal Simone Barbisan Fortes. Foi ela que, em maio do ano passado, transformou em réus 40 suspeitos de envolvimento na fraude milionária do Detran. Hoje, são 33 os réus no caso.
Agora, Simone irá analisar a peça em que os procuradores da República pedem o bloqueio de bens e o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius e de outros oito agentes públicos.
Natural de Três de Maio e integrante da 3ª Vara Federal de Santa Maria. Simone foi para Santa Maria ainda criança, formando-se em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1998. Dois anos depois de graduada, tornou-se juíza federal. Simone atuou em Porto Alegre e Passo Fundo, mas decidiu retornar a Santa Maria. Além de magistrada e docente, Simone é maratonista.
A nova etapa na Operação Rodin aberta pela ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) encontrará uma velha conhecida: a juíza federal Simone Barbisan Fortes. Foi ela que, em maio do ano passado, transformou em réus 40 suspeitos de envolvimento na fraude milionária do Detran. Hoje, são 33 os réus no caso.
Agora, Simone irá analisar a peça em que os procuradores da República pedem o bloqueio de bens e o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius e de outros oito agentes públicos.
Natural de Três de Maio e integrante da 3ª Vara Federal de Santa Maria. Simone foi para Santa Maria ainda criança, formando-se em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1998. Dois anos depois de graduada, tornou-se juíza federal. Simone atuou em Porto Alegre e Passo Fundo, mas decidiu retornar a Santa Maria. Além de magistrada e docente, Simone é maratonista.
PSOL MANDA BALA NO BUCHO DOS CORRUPTOS DO RIO GRANDE( BY Gaúcho da Fronteira sem bombacha)-correspondente da Atitude Socialista no RG.DO SUL
Após ação do MPF contra Yeda, manifestantes protestam em frente ao Palácio Piratini
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual
Logo após o término da entrevista coletiva dos promotores do Ministério Público Federal no Estado (MPF), que pediu o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius, dezenas de pessoas iniciaram uma manifestação na frente do Palácio Piratini, na Capital, nesta quarta-feira.
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual. A Brigada Militar (BM) reforçou a segurança no local e coordenou um cordão de isolamento na Avenida Duque de Caxias a fim de que as pessoas não chegassem perto do palácio.
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual
Logo após o término da entrevista coletiva dos promotores do Ministério Público Federal no Estado (MPF), que pediu o afastamento do cargo da governadora Yeda Crusius, dezenas de pessoas iniciaram uma manifestação na frente do Palácio Piratini, na Capital, nesta quarta-feira.
Munidos de bandeiras, o grupo, que bloqueou parte da via, pedia a saída da governadora do governo estadual. A Brigada Militar (BM) reforçou a segurança no local e coordenou um cordão de isolamento na Avenida Duque de Caxias a fim de que as pessoas não chegassem perto do palácio.
Quem é a juíza que definirá futuro de Yeda
Simone Barbisan Fortes já analisou 60 mil páginas relativas à Rodin
Desde 6 de novembro de 2007, os olhos dos gaúchos se voltam para a juíza Simone Barbisan Fortes, que autorizou a deflagração da Operação Rodin.
Na nota à imprensa que divulgou naquela data, a magistrada deixava claro que o processo estava em mãos firmes. Ela autorizou prisões, buscas e apreensão de documentos em casas de suspeitos e em instituições, determinou o afastamento de titulares de cargos públicos e explicou o funcionamento das fraudes que envolveram o Detran gaúcho e duas fundações ligadas à UFSM. Foi com o aval dela que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal puderam monitorar telefones e e-mails que ajudaram na investigação e produziram material que hoje serve como prova.
Na mesma nota divulgada há quase três anos, a juíza achou importante pontuar que a investigação da época centrou-se sobre o grupo que usava as fundações, mas que ele não era o único em que se suspeitava haver irregularidades. A investigação poderia conduzir a outros inquéritos policiais. Estava dado o recado.
Embora de braço forte, a juíza que deve ganhar ainda mais holofotes se define como reservada.
– Se tivesse escolha, não gostaria de aparecer – disse ela, na primeira entrevista para falar do caso Rodin.
As 1,2 mil páginas que chegaram quarta-feira à 3ª Vara não devem intimidar Simone, que analisou, nos processos anteriores da Rodin, mais de 60 mil páginas sobre a fraude.
Ontem, a juíza ouviu os dois últimos depoimentos de réus da acção criminal. Simone adiantou que não tem prazo para dar seguimento à ação civil pública. Mais tarde, ela recebeu o advogado do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, e franqueou acesso à ação para o procurador de Vargas. Simone adiantou que o acesso será liberado aos advogados de todos os réus.
NOTÍCIAS DO RIO GRANDE (EXTRAIDAS DO JORNAL ONLINE ZERO HORA)
MPF confirma pedido de afastamento do cargo da governadora Yeda
Órgão denunciou nove nomes por improbidade administrativa
Os procuradores do Ministério Público Federal confirmaram na tarde desta quarta-feira uma ação de improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. No documento também consta o nome do professor Carlos Crusius, dos deputados José Otávio Germano, Luiz Fernando Záchia, Frederico Antunes, do ex-secretário Delson Martini, da assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, do diretor do Banrisul Rubens Bordini e do presidente do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas.
A ação, que conta com mais de 1,2 mil páginas, foi construída com base em cerca de 20 mil ligações telefônicas e não levará os réus a responder criminalmente pelos fatos. O MPF pediu a perda do cargo e função pública dos nove nomes citados, a suspensão dos direitos políticos de oito a 10 anos, pagamento de multa, a proibição de contratação pelo poder público e ressarcimento dos recursos possivelmente desviados.
A posição do Ministério Público Federal seguirá agora para a análise da juíza federal de Santa Maria Simone Barbisan Fortes, que tomará a decisão final.
Conheça os nove envolvidos na ação de improbidade movida pelo MPF
Entre os citados, estão figuras importantes da política gaúcha
O Ministério Público Federal apresentou na tarde desta quarta-feira uma ação contra nove pessoas, entre elas a governadora Yeda Crusius. O texto pede o afastamento do cargo de todos os envolvidos. Entre os nomes, estão figuras importantes da política gaúcha.
Veja um breve perfil dos envolvidos:
Carlos Crusius, ex-marido da governadora
Professor aposentado da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Até janeiro deste ano, presidiu o Conselho de Comunicação do governo Yeda Crusius. Após um desentendimento público entre a governadora e o ex-marido, o órgão foi extinto. É diretor do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB.
Delson Martini, ex-secretário-geral de Governo
Ex-aluno, amigo íntimo da governadora Yeda Crusius e filiado ao PSDB, o economista trabalhou com ela no Ministério do Planejamento no governo Itamar Franco. Também atuou no Grupo Hospitalar Conceição. No início do atual governo, assumiu a presidência da CEEE e, em seguida, a Secretaria-Geral de Governo.
Frederico Antunes, deputado estadual (PP)
Formado em Agronomia, iniciou a carreira política como vereador em Uruguaiana. Hoje é deputado estadual. Já presidiu a Assembleia Legislativa e o conselho administrativo da Corsan. Foi secretário de Obras no governo Germano Rigotto.
João Luiz Vargas, ex-deputado pelo PDT e presidente do Tribunal de Contas do Estado
Advogado e jornalista, João Luiz Vargas iniciou sua carreira política aos 22 anos, quando foi eleito vereador em São Sepé. Em 1982, venceu as eleições para a prefeitura do município. Foi eleito deputado estadual em 1990 e assumiu a presidência do Tribunal de Contas do Estado em 2007.
José Otávio Germano, deputado federal do PP
José Otávio Germano é formado em Direito pela PUCRS e iniciou sua trajetória profissional em Cachoeira do Sul. Lá, atuou como advogado e professor universitário. Foi eleito vereador mais votado do município em 1988 e, dois anos mais tarde, se elegeu deputado estadual. No governo do Estado ocupou as secretarias do Transportes (1997-1998) e da Justiça e da Segurança Pública (2003-2006).
Luiz Fernando Záchia, deputado estadual do PMDB
Administrador de empresas, é natural de Porto Alegre, onde foi vereador. Ex-vice-presidente de futebol do Sport Club Internacional, elegeu-se deputado estadual. Presidiu a Assembleia Legislativa e liderou o Pacto pelo Rio Grande, projeto que buscou desenhar uma agenda mínima de consenso entre governo e oposição.
Rubens Bordini, vice-presidente do Banrisul indicado pelo PSDB
Foi aluno do casal Crusius na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ligado ao PSDB, trabalhou no Grupo Hospitalar Conceição como assistente da direção e, depois, no Banrisul. Depois de passar por outros cargos no banco durante gestões anteriores, tornou-se vice-presidente após a posse da governadora. Foi tesoureiro das campanhas de Yeda. Foi envolvido em suspeitas de prática de caixa 2.
Yeda Crusius (PSDB), governadora do Estado
Formada em Economia pela Universidade de São Paulo, Yeda Crusius se mudou para Porto Alegre em 1970, após se casar com o também economista Carlos Augusto Crusius. Na Capital, lecionou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde ocupou cargos de chefia e coordenação, além de ter sido diretora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. A carreira política de Yeda teve início em 1990, quando ingressou no PSDB. Durante o governo de Itamar Franco, em 1993, foi ministra do Planejamento. Também foi deputada. Concorreu à prefeitura de Porto Alegre duas vezes, mas não foi eleita. Em 2006, venceu as eleições para o governo do Estado.
Walna Vilarins Meneses, assessora da governadora
É assessora de confiança de Yeda Crusius há cerca de 15 anos. É reconhecida por membros da base como peça fundamental no gabinete da tucana. Está envolvida em fatos investigados pela Polícia Federal na Operação Solidária. Walna foi apresentada a Yeda em 1995, quando ela desembarcou em Brasília para cumprir seu primeiro mandato federal. A aproximação se deu por meio de Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda morto em fevereiro. Em 2006, mudou-se para Porto Alegre com a tarefa de ajudar na administração das contas de campanha. Walna tinha uma mesa ao lado da ocupada pelo tesoureiro oficial, Rubens Bordini.
Órgão denunciou nove nomes por improbidade administrativa
Os procuradores do Ministério Público Federal confirmaram na tarde desta quarta-feira uma ação de improbidade administrativa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. No documento também consta o nome do professor Carlos Crusius, dos deputados José Otávio Germano, Luiz Fernando Záchia, Frederico Antunes, do ex-secretário Delson Martini, da assessora da governadora Walna Vilarins Meneses, do diretor do Banrisul Rubens Bordini e do presidente do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas.
A ação, que conta com mais de 1,2 mil páginas, foi construída com base em cerca de 20 mil ligações telefônicas e não levará os réus a responder criminalmente pelos fatos. O MPF pediu a perda do cargo e função pública dos nove nomes citados, a suspensão dos direitos políticos de oito a 10 anos, pagamento de multa, a proibição de contratação pelo poder público e ressarcimento dos recursos possivelmente desviados.
A posição do Ministério Público Federal seguirá agora para a análise da juíza federal de Santa Maria Simone Barbisan Fortes, que tomará a decisão final.
Conheça os nove envolvidos na ação de improbidade movida pelo MPF
Entre os citados, estão figuras importantes da política gaúcha
O Ministério Público Federal apresentou na tarde desta quarta-feira uma ação contra nove pessoas, entre elas a governadora Yeda Crusius. O texto pede o afastamento do cargo de todos os envolvidos. Entre os nomes, estão figuras importantes da política gaúcha.
Veja um breve perfil dos envolvidos:
Carlos Crusius, ex-marido da governadora
Professor aposentado da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Até janeiro deste ano, presidiu o Conselho de Comunicação do governo Yeda Crusius. Após um desentendimento público entre a governadora e o ex-marido, o órgão foi extinto. É diretor do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB.
Delson Martini, ex-secretário-geral de Governo
Ex-aluno, amigo íntimo da governadora Yeda Crusius e filiado ao PSDB, o economista trabalhou com ela no Ministério do Planejamento no governo Itamar Franco. Também atuou no Grupo Hospitalar Conceição. No início do atual governo, assumiu a presidência da CEEE e, em seguida, a Secretaria-Geral de Governo.
Frederico Antunes, deputado estadual (PP)
Formado em Agronomia, iniciou a carreira política como vereador em Uruguaiana. Hoje é deputado estadual. Já presidiu a Assembleia Legislativa e o conselho administrativo da Corsan. Foi secretário de Obras no governo Germano Rigotto.
João Luiz Vargas, ex-deputado pelo PDT e presidente do Tribunal de Contas do Estado
Advogado e jornalista, João Luiz Vargas iniciou sua carreira política aos 22 anos, quando foi eleito vereador em São Sepé. Em 1982, venceu as eleições para a prefeitura do município. Foi eleito deputado estadual em 1990 e assumiu a presidência do Tribunal de Contas do Estado em 2007.
José Otávio Germano, deputado federal do PP
José Otávio Germano é formado em Direito pela PUCRS e iniciou sua trajetória profissional em Cachoeira do Sul. Lá, atuou como advogado e professor universitário. Foi eleito vereador mais votado do município em 1988 e, dois anos mais tarde, se elegeu deputado estadual. No governo do Estado ocupou as secretarias do Transportes (1997-1998) e da Justiça e da Segurança Pública (2003-2006).
Luiz Fernando Záchia, deputado estadual do PMDB
Administrador de empresas, é natural de Porto Alegre, onde foi vereador. Ex-vice-presidente de futebol do Sport Club Internacional, elegeu-se deputado estadual. Presidiu a Assembleia Legislativa e liderou o Pacto pelo Rio Grande, projeto que buscou desenhar uma agenda mínima de consenso entre governo e oposição.
Rubens Bordini, vice-presidente do Banrisul indicado pelo PSDB
Foi aluno do casal Crusius na Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ligado ao PSDB, trabalhou no Grupo Hospitalar Conceição como assistente da direção e, depois, no Banrisul. Depois de passar por outros cargos no banco durante gestões anteriores, tornou-se vice-presidente após a posse da governadora. Foi tesoureiro das campanhas de Yeda. Foi envolvido em suspeitas de prática de caixa 2.
Yeda Crusius (PSDB), governadora do Estado
Formada em Economia pela Universidade de São Paulo, Yeda Crusius se mudou para Porto Alegre em 1970, após se casar com o também economista Carlos Augusto Crusius. Na Capital, lecionou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde ocupou cargos de chefia e coordenação, além de ter sido diretora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS. A carreira política de Yeda teve início em 1990, quando ingressou no PSDB. Durante o governo de Itamar Franco, em 1993, foi ministra do Planejamento. Também foi deputada. Concorreu à prefeitura de Porto Alegre duas vezes, mas não foi eleita. Em 2006, venceu as eleições para o governo do Estado.
Walna Vilarins Meneses, assessora da governadora
É assessora de confiança de Yeda Crusius há cerca de 15 anos. É reconhecida por membros da base como peça fundamental no gabinete da tucana. Está envolvida em fatos investigados pela Polícia Federal na Operação Solidária. Walna foi apresentada a Yeda em 1995, quando ela desembarcou em Brasília para cumprir seu primeiro mandato federal. A aproximação se deu por meio de Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda morto em fevereiro. Em 2006, mudou-se para Porto Alegre com a tarefa de ajudar na administração das contas de campanha. Walna tinha uma mesa ao lado da ocupada pelo tesoureiro oficial, Rubens Bordini.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Nota da CST sobre o loteamento do programa do PSOL
Programa de TV do PSOL: Uma oportunidade perdida,
em meio a um loteamento vergonhoso
Queremos registrar, em primeiro lugar, nossa solidariedade com a nota do companheiro Carlos Gianazzi, na qual registra a exclusão, do programa, dos três deputados estaduais do partido, 02 de SP e 01 do Rio.
Agora, aparecem explicações inaceitáveis: que cada um gravou a sua parte, que não houve um debate global, que se explica pela crise de direção, que cada um tinha um tempo e ali colocava o que queria.
No entanto, a crise e a falta de centralização não lhes impediram de reafirmar a metodologia antidemocrática que vem se aplicando desde o I Congresso: a da exclusão da minoria, a da intolerância com as divergências e que vê a luta por opiniões contrárias como fracionalismo. Reflete assim, mais uma vez, o total desrespeito com que o grupo majoritário vem tratando as forças políticas minoritárias que, com muitas dificuldades, participam da construção do P-SOL em nível nacional.
Perguntamos: com qual critério produziram esse programa? O da representação parlamentar? E porque não estiveram representados os três mandatos estaduais que temos nos principais estados do país? No era por acaso importante denunciar Serra através de nossos dirigentes que o enfrentam no dia a dia? Se o critério não foi esse e, sim, o das correntes, como afirma Milton Temer, porque não estiveram representadas todas as correntes, com seu peso e suas figuras de forma proporcional? Por que não Babá? Por que não Marcelo Freixo? Porque não Tostão? Na verdade, o critério adotado foi o do loteamento do espaço partidário na TV. Mesma política adotada, após o I Congresso, com a Fundação Lauro Campos e seu Conselho, com as secretarias, o fundo partidário, sem nunca realizarem a mínima prestação de contas do que cada um faz no seu “lote”.
Consideramos que, tanto o programa quanto as explicações dadas de maneira informal, são uma nova demonstração da crise do setor majoritário e da sua incapacidade para dirigir o partido. Bloco majoritário que foi conformado no nosso Iº Congresso com o argumento que era “para dar estabilidade ao PSOL” e que, hoje, está submerso em uma profunda crise, cuja razão é a disputa interna de poder, das finanças e do aparelho do partido.
Mas, tão importante quanto isto, são os problemas políticos que refletiu o programa. Sem dúvida, o programa cumpriu com a tarefa de situar o partido na oposição de esquerda ao governo Lula, com denúncias sobre a crise, a dívida, a corrupção. Mas, no marco absolutamente institucional. Em nenhum momento houve, nem sequer, o chamado à mobilização pelo Fora Sarney, nem foram mostradas imagens do partido vivo, panfletando nas ruas, nos atos e mobilizações, que pasmem, companheir@s da direção, acontecem pelo país afora. Para falar sobre a crise, nenhum militante operário do partido. Junto à esperançosa mensagem do "Amanhã será um lindo dia", nada apareceu das lutas de hoje, das ocupações urbanas, greves, da luta de classes, nas quais, intervém, heróica e concretamente, nossa militância de base. Sim, pois, a direção, já há algum tempo, não discute um processo sequer de resistência à crise e aos ataques do governo e dos patrões. Alguns de nossos militantes e dirigentes estiveram, há pouco, na greve da Previdência, enfrentando o governo de Lula. Contudo, nem uma nota sequer no programa. Sim, pois, na concepção de partido "de parlamentares”, de disputa pelo poder pela via eleitoral apenas e de luta institucional, não são relevantes os lutadores e lutadoras da classe que o partido tem, e em boa quantidade. Não se refletiu o PSOL do movimento social. Não se refletiu a situação da gripe suína para denunciar o desmonte da saúde publica operada pelo governo Lula, que nem máscaras distribui nos hospitais e que deveria quebrar a patente do Tamiflu, ao invés de engordar os laboratórios das multinacionais. Não se falou da privatização que está se preparando do filé mignon dos Correios, por sinal, uma das poucas instituições com alguma credibilidade na população. Nem se falou que está se preparando um dia unitário de luta para o 14 de agosto. De tudo isto, nada de nada.
A tentativa de transformar o PSOL em alternativa meramente eleitoral faz da luta, quando referida, meio para fortalecer aos indivíduos com vistas a seu crescimento eleitoral. No RS, onde está se obtendo uma importante vitória contra o governo tucano de Yeda, e estado do qual participaram 03 dirigentes no espaço de TV, por qual razão não se deu espaço para os dirigentes do CPERS (sindicato dos professores estaduais) que são vanguarda junto com o partido da campanha pelo Fora Yeda? Tal concepção, sem dúvida, requer o desconhecimento do convívio com a pluralidade interna e o cerceamento do espaço do partido para as posições "diferentes" daquelas da maioria.
No momento de preparação do II Congresso, esta reflexão é imprescindível para retomar a estratégia com a qual fundamos o PSOL.
Babá – Silvia (Executiva Nacional do PSOL) Corrente Socialista dos Trabalhadores
05/08/09
em meio a um loteamento vergonhoso
Queremos registrar, em primeiro lugar, nossa solidariedade com a nota do companheiro Carlos Gianazzi, na qual registra a exclusão, do programa, dos três deputados estaduais do partido, 02 de SP e 01 do Rio.
Agora, aparecem explicações inaceitáveis: que cada um gravou a sua parte, que não houve um debate global, que se explica pela crise de direção, que cada um tinha um tempo e ali colocava o que queria.
No entanto, a crise e a falta de centralização não lhes impediram de reafirmar a metodologia antidemocrática que vem se aplicando desde o I Congresso: a da exclusão da minoria, a da intolerância com as divergências e que vê a luta por opiniões contrárias como fracionalismo. Reflete assim, mais uma vez, o total desrespeito com que o grupo majoritário vem tratando as forças políticas minoritárias que, com muitas dificuldades, participam da construção do P-SOL em nível nacional.
Perguntamos: com qual critério produziram esse programa? O da representação parlamentar? E porque não estiveram representados os três mandatos estaduais que temos nos principais estados do país? No era por acaso importante denunciar Serra através de nossos dirigentes que o enfrentam no dia a dia? Se o critério não foi esse e, sim, o das correntes, como afirma Milton Temer, porque não estiveram representadas todas as correntes, com seu peso e suas figuras de forma proporcional? Por que não Babá? Por que não Marcelo Freixo? Porque não Tostão? Na verdade, o critério adotado foi o do loteamento do espaço partidário na TV. Mesma política adotada, após o I Congresso, com a Fundação Lauro Campos e seu Conselho, com as secretarias, o fundo partidário, sem nunca realizarem a mínima prestação de contas do que cada um faz no seu “lote”.
Consideramos que, tanto o programa quanto as explicações dadas de maneira informal, são uma nova demonstração da crise do setor majoritário e da sua incapacidade para dirigir o partido. Bloco majoritário que foi conformado no nosso Iº Congresso com o argumento que era “para dar estabilidade ao PSOL” e que, hoje, está submerso em uma profunda crise, cuja razão é a disputa interna de poder, das finanças e do aparelho do partido.
Mas, tão importante quanto isto, são os problemas políticos que refletiu o programa. Sem dúvida, o programa cumpriu com a tarefa de situar o partido na oposição de esquerda ao governo Lula, com denúncias sobre a crise, a dívida, a corrupção. Mas, no marco absolutamente institucional. Em nenhum momento houve, nem sequer, o chamado à mobilização pelo Fora Sarney, nem foram mostradas imagens do partido vivo, panfletando nas ruas, nos atos e mobilizações, que pasmem, companheir@s da direção, acontecem pelo país afora. Para falar sobre a crise, nenhum militante operário do partido. Junto à esperançosa mensagem do "Amanhã será um lindo dia", nada apareceu das lutas de hoje, das ocupações urbanas, greves, da luta de classes, nas quais, intervém, heróica e concretamente, nossa militância de base. Sim, pois, a direção, já há algum tempo, não discute um processo sequer de resistência à crise e aos ataques do governo e dos patrões. Alguns de nossos militantes e dirigentes estiveram, há pouco, na greve da Previdência, enfrentando o governo de Lula. Contudo, nem uma nota sequer no programa. Sim, pois, na concepção de partido "de parlamentares”, de disputa pelo poder pela via eleitoral apenas e de luta institucional, não são relevantes os lutadores e lutadoras da classe que o partido tem, e em boa quantidade. Não se refletiu o PSOL do movimento social. Não se refletiu a situação da gripe suína para denunciar o desmonte da saúde publica operada pelo governo Lula, que nem máscaras distribui nos hospitais e que deveria quebrar a patente do Tamiflu, ao invés de engordar os laboratórios das multinacionais. Não se falou da privatização que está se preparando do filé mignon dos Correios, por sinal, uma das poucas instituições com alguma credibilidade na população. Nem se falou que está se preparando um dia unitário de luta para o 14 de agosto. De tudo isto, nada de nada.
A tentativa de transformar o PSOL em alternativa meramente eleitoral faz da luta, quando referida, meio para fortalecer aos indivíduos com vistas a seu crescimento eleitoral. No RS, onde está se obtendo uma importante vitória contra o governo tucano de Yeda, e estado do qual participaram 03 dirigentes no espaço de TV, por qual razão não se deu espaço para os dirigentes do CPERS (sindicato dos professores estaduais) que são vanguarda junto com o partido da campanha pelo Fora Yeda? Tal concepção, sem dúvida, requer o desconhecimento do convívio com a pluralidade interna e o cerceamento do espaço do partido para as posições "diferentes" daquelas da maioria.
No momento de preparação do II Congresso, esta reflexão é imprescindível para retomar a estratégia com a qual fundamos o PSOL.
Babá – Silvia (Executiva Nacional do PSOL) Corrente Socialista dos Trabalhadores
05/08/09
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Esquerda dividida: PSOL alivia Serra e a direita
DEBATE ABERTO (DA CARTA CAPITAL)
PSOL alivia Serra e oposição de direita
O programa televisivo nacional do PSOL, apesar de divulgar iniciativas importantes como a CPI da dívida pública, e efetuar denúncias essenciais como a da recente legislação agrária pró-latifúndio, incorre em grave erro político ao não denunciar a oposição de direita, composta principalmente pelo PSDB e DEM.
por Antônio Augusto, na Carta Maior
O programa televisivo nacional do PSOL, em 30 de julho, apresentou como principal característica a ausência de críticas à oposição de direita, composta principalmente pelo PSDB e DEM.
Apesar de divulgar iniciativas populares e democráticas importantes como a CPI da dívida pública, e efetuar denúncias essenciais como a da recente legislação agrária pró-latifúndio, destruidora da floresta, na Amazônia, o PSOL, a meu ver, incorre em grave erro político.
Considera o governo Lula, um governo de centro, o inimigo central dos trabalhadores.
Nada mais falso. Se o governo Lula não ameaça o grande capital, está longe de ser o governo dos sonhos do grande capital.
Um governo ao estilo do de FHC, totalmente vende-pátria e privatizante, sumetido sem contratempos à hegemonia dos EUA, esse o goveno ideal do grande capital e das forças mais à direita (PSDB, DEM, PPS).
Eis a razão da campanha constante da grande mídia, Organizações Globo à frente, contra o governo Lula.
O núcleo duro da direita
O núcleo duro da direita está no PSDB, DEM, na mídia vendida (a quase totalidade da mídia); expressão política das forças sociais mais reacionárias, inimigas centrais dos trabalhadores e do povo: o grande capital imperialista e brasileiro, com destaque para o parasitismo financeiro e especulativo; o latifúndio, com destaque para sua versão moderna e predatória, o agronegócio.
O governo Lula é um governo de centro, com origem popular e democrática, obrigado por sua própria natureza a relevantes concessões populares e democráticas (por exemplo, o bolsa-família; o clima, no geral, de preservação e ampliação das liberdades democráticas; uma política timidamente desenvolvimentista - o PAC, e muito menos privatista que a de FHC, etc).
Mas o PSOL concentra o fogo no governo Lula e alivia o principal inimigo dos trabalhadores, a oposição de direita.
O poder vai muito além do governo Lula
Parte assim de uma lógica primária, considerar o governo como o responsável central pelos problemas populares, quando o real poder no Brasil vai muito além do governo Lula: está concentrado na política antipopular, antidemocrática e antinacional das gestões monetaristas do Banco Central; no domínio da economia brasileira pelo imperialismo e o conjunto do grande capital; na grande mídia.
Ao não entender, ou talvez seja melhor dizer, não poder entender isso, o PSOL, ao tomar como inimigo central o presidente Lula (cuja grande popularidade não se deve ao acaso), ao aliviar completamente a oposição de direita, corta quaisquer possibilidades de diálogo, convencimento e aliança com as imprescindíveis e amplamente majoritárias bases populares do lulismo.
No mais, o programa televisivo do PSOL mostrou os habituais personalismo e incontinência verbal de Heloísa Helena. E, momento triste, apareceu a deputada Luciana Genro - a mesma financiada nas eleições pela Gerdau, grande empresa do ramo siderúrgico beneficiária das privatizações; a mesma deputada que chegou a convocar passeata no Rio Grande do Sul em comum acordo com o movimento "Cansei", versão atualizada das marchas golpistas de 1964 -, tendo ao fundo "denúncias" da Veja, o panfleto mais virulento da extrema-direita.
E a independência da esquerda?
Pelo visto, a próxima eleição presidencial de 2010 aponta para uma aliança objetiva, consciente ou inconscientemente, da ultra-esquerda (PSOL, PSTU, PCB) com a candidatura mais reacionária, a candidatura privatizante e neoliberal do tucano José Serra, todos empenhados em bater no governo Lula.
Dado que o PC do B adere de maneira praticamente acrítica ao governo Lula, num desvio de direita, inverso ao da ultra-esquerda, a eleição de 2010 surge como ainda mais preocupante: os comunistas, e as demais forças populares, democráticas, e de esquerda, tendem a não exercer sua própria independência política, ficando a reboque de forças políticas e sociais alheias.
Antônio Augusto é jornalista
Ô Ô PSOL, COMO É QUE É, VOCÊ É A ESQUERDA QUE A DIREITA QUER!
PSOL alivia Serra e oposição de direita
O programa televisivo nacional do PSOL, apesar de divulgar iniciativas importantes como a CPI da dívida pública, e efetuar denúncias essenciais como a da recente legislação agrária pró-latifúndio, incorre em grave erro político ao não denunciar a oposição de direita, composta principalmente pelo PSDB e DEM.
por Antônio Augusto, na Carta Maior
O programa televisivo nacional do PSOL, em 30 de julho, apresentou como principal característica a ausência de críticas à oposição de direita, composta principalmente pelo PSDB e DEM.
Apesar de divulgar iniciativas populares e democráticas importantes como a CPI da dívida pública, e efetuar denúncias essenciais como a da recente legislação agrária pró-latifúndio, destruidora da floresta, na Amazônia, o PSOL, a meu ver, incorre em grave erro político.
Considera o governo Lula, um governo de centro, o inimigo central dos trabalhadores.
Nada mais falso. Se o governo Lula não ameaça o grande capital, está longe de ser o governo dos sonhos do grande capital.
Um governo ao estilo do de FHC, totalmente vende-pátria e privatizante, sumetido sem contratempos à hegemonia dos EUA, esse o goveno ideal do grande capital e das forças mais à direita (PSDB, DEM, PPS).
Eis a razão da campanha constante da grande mídia, Organizações Globo à frente, contra o governo Lula.
O núcleo duro da direita
O núcleo duro da direita está no PSDB, DEM, na mídia vendida (a quase totalidade da mídia); expressão política das forças sociais mais reacionárias, inimigas centrais dos trabalhadores e do povo: o grande capital imperialista e brasileiro, com destaque para o parasitismo financeiro e especulativo; o latifúndio, com destaque para sua versão moderna e predatória, o agronegócio.
O governo Lula é um governo de centro, com origem popular e democrática, obrigado por sua própria natureza a relevantes concessões populares e democráticas (por exemplo, o bolsa-família; o clima, no geral, de preservação e ampliação das liberdades democráticas; uma política timidamente desenvolvimentista - o PAC, e muito menos privatista que a de FHC, etc).
Mas o PSOL concentra o fogo no governo Lula e alivia o principal inimigo dos trabalhadores, a oposição de direita.
O poder vai muito além do governo Lula
Parte assim de uma lógica primária, considerar o governo como o responsável central pelos problemas populares, quando o real poder no Brasil vai muito além do governo Lula: está concentrado na política antipopular, antidemocrática e antinacional das gestões monetaristas do Banco Central; no domínio da economia brasileira pelo imperialismo e o conjunto do grande capital; na grande mídia.
Ao não entender, ou talvez seja melhor dizer, não poder entender isso, o PSOL, ao tomar como inimigo central o presidente Lula (cuja grande popularidade não se deve ao acaso), ao aliviar completamente a oposição de direita, corta quaisquer possibilidades de diálogo, convencimento e aliança com as imprescindíveis e amplamente majoritárias bases populares do lulismo.
No mais, o programa televisivo do PSOL mostrou os habituais personalismo e incontinência verbal de Heloísa Helena. E, momento triste, apareceu a deputada Luciana Genro - a mesma financiada nas eleições pela Gerdau, grande empresa do ramo siderúrgico beneficiária das privatizações; a mesma deputada que chegou a convocar passeata no Rio Grande do Sul em comum acordo com o movimento "Cansei", versão atualizada das marchas golpistas de 1964 -, tendo ao fundo "denúncias" da Veja, o panfleto mais virulento da extrema-direita.
E a independência da esquerda?
Pelo visto, a próxima eleição presidencial de 2010 aponta para uma aliança objetiva, consciente ou inconscientemente, da ultra-esquerda (PSOL, PSTU, PCB) com a candidatura mais reacionária, a candidatura privatizante e neoliberal do tucano José Serra, todos empenhados em bater no governo Lula.
Dado que o PC do B adere de maneira praticamente acrítica ao governo Lula, num desvio de direita, inverso ao da ultra-esquerda, a eleição de 2010 surge como ainda mais preocupante: os comunistas, e as demais forças populares, democráticas, e de esquerda, tendem a não exercer sua própria independência política, ficando a reboque de forças políticas e sociais alheias.
Antônio Augusto é jornalista
Ô Ô PSOL, COMO É QUE É, VOCÊ É A ESQUERDA QUE A DIREITA QUER!
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
UNIR A LUTA DO CAMPO E DA CIDADE
As nossas primeiras matérias publicadas aqui em nosso Blog atentam para fatos ocorridos e pouco divulgados provocados pelo governo facista de Ana Julia e seus asseclas e parceiros na luta contra o povo pobre do estado do Pará.
É tarefa militante de nossa corrente(tendência, como queiram) denunciar e empunhar a bandeira de denuncia e enfrentamento a esse desgoverno contra o povo. Nós da Atitude Socialista estamos no front, tanto na luta operária sindical,como buscaremos o diálogo com os principais movimentos da luta camponesa.
"Não temos tempo a Perder.nosso suor sagrado é bem mais belo que esse sangue amargo"
'UNIR A LUTA DO CAMPO E DA CIDADE É ATITUDE SOCIALISTA DE VERDADE'
*Por Edivaldo Viana (Professor e ativista sindical)
É tarefa militante de nossa corrente(tendência, como queiram) denunciar e empunhar a bandeira de denuncia e enfrentamento a esse desgoverno contra o povo. Nós da Atitude Socialista estamos no front, tanto na luta operária sindical,como buscaremos o diálogo com os principais movimentos da luta camponesa.
"Não temos tempo a Perder.nosso suor sagrado é bem mais belo que esse sangue amargo"
'UNIR A LUTA DO CAMPO E DA CIDADE É ATITUDE SOCIALISTA DE VERDADE'
*Por Edivaldo Viana (Professor e ativista sindical)
Extraido do Jornal a Nova Democracia - Online )
Editorial - Estado fascista em crise mata como nunca
Mais uma liderança camponesa é assassinada no sul do Pará. Mais uma covarde ação promovida pelo latifúndio que mata como nunca com o aval do velho Estado semifeudal e semicolonial brasileiro.
Luiz Lopes de Barros era liderança histórica e reconhecida pelas massas do Pará. Dedicou a vida à destruição do latifúndio, essa chaga aberta e purulenta que se alimenta do sangue de brasileiros e brasileiras para manter vivo um capitalismo burocrático, funcional ao imperialismo.
A execução de Luiz Lopes, numa torpe emboscada em uma estrada próxima ao acampamento da fazenda Batente, município de Conceição do Araguaia, sul do Pará, é a 13ª tendo como vítima algum camponês que participou da tomada da fazenda Forkilha no fim de 2007. Segundo as denúncias de seus companheiros, as circunstâncias de sua morte envolvem uma orquestração entre um latifundiário, seus capangas e gente do Incra na tentativa de comprar as lideranças do acampamento Gabriel Pimenta. Luiz teria se negado a aceitar o suborno e os denunciado. Além disto, no dia seguinte ao que foi assassinado, Luiz prestaria depoimento como principal testemunha do assassinato do camponês De Assis, no qual o acusado é o fazendeiro Ernandes, da fazenda Nazaré. Por estas razões Luiz foi assassinado.
Desde que a chamada Operação "Paz no Campo" desencadeada pela gerência estadual de Ana Júlia Carepa/PT, numa verdadeira operação de guerra prendeu, torturou e humilhou centenas de trabalhadores, AND vem denunciando a associação das instituições do Estado com o latifúndio e seus bandos armados na contínua perseguição e assassinato de camponeses no sul do Pará. O próprio Luiz Lopes denunciou inúmeras vezes que sua cabeça estava a prêmio na região, mas nunca renunciou a sua luta pela terra, dando seu contributo de sangue à causa da libertação da terra e dos camponeses das garras do latifúndio semifeudal e da dominação imperialista no Brasil.
O velho Estado a serviço do latifúndio concorre com esse morticínio com todo o tipo de incentivo e acobertamento jurídico. Suas forças policiais prendem, torturam, achacam e desarmam as massas; o Judiciário ordena seguidas e violentas "reintegrações de posse", cobradas pelo STF presidido por Gilmar Mendes. E como os latifundiários são quem detém o poder de fato naquele estado, a gerência estadual do PT se esmera em executar suas ordens.
A verdade é que o conflito no campo está mais radicalizado que nunca. E a violência ainda desaba quase que apenas nas cabeças dos camponeses. Em Pernambuco, município de Brejo da Madre de Deus, cinco camponeses foram também executados em circunstâncias ainda nebulosas enquanto construíam uma casa no assentamento Chico Mendes, dirigido pelo MST. Nesse caso nem Gilmar Mendes nem Luiz Inácio ou os monopólios de imprensa se indignaram.
Em Rondônia, a pistolagem associada às polícias ganha dimensões fabulosas, com os camponeses sofrendo ataques diariamente, seja de bandos armados pelos latifundiários, Polícia Militar, Ambiental, Federal, Força Nacional, Ibama e Incra, que multam camponeses que há anos estão na terra, impedem que lhes chegue alimentos e outros abastecimentos, barram a saída de seus produtos, cercam os acampamentos e despejam tiros sobre homens, mulheres e crianças. Os bandos paramilitares chegam ao ponto de sequestrar e torturar membros do movimento camponês.
Por outro lado, movimentos classistas e combativos têm avançado em sua luta pela destruição do latifúndio, a libertação das forças produtivas e a construção do novo poder passo a passo nas áreas libertadas. Como AND tem noticiado, cresce o número de tomadas de terras nas quais os camponeses recusam qualquer direção oportunista e qualquer relação com o velho Estado. Os processos de Cortes Populares, Assembléias do Poder Popular e Comitês de Defesa da Revolução Agrária se ampliam e deixam cada vez mais claro qual é o caminho para o movimento camponês na atual situação.
Em tempo, agosto marca o aniversário da Batalha de Santa Elina, quando em 1995 bravos camponeses combateram uma força mista de policiais e pistoleiros a soldo do latifundiário Antenor Duarte. Desde então, a cidade de Corumbiara e o estado de Rondônia acompanham o desenvolvimento de um pujante movimento camponês que hoje dá duros golpes no latifúndio. Em sua crise de decomposição em suas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nas suas três instâncias (federal, estadual e municipal), o velho Estado brasileiro, com toda podridão que salta aos olhos do país, só encontra saída na escalada fascista e genocida sobre os pobres em luta, na cidade e no campo.
Mais uma liderança camponesa é assassinada no sul do Pará. Mais uma covarde ação promovida pelo latifúndio que mata como nunca com o aval do velho Estado semifeudal e semicolonial brasileiro.
Luiz Lopes de Barros era liderança histórica e reconhecida pelas massas do Pará. Dedicou a vida à destruição do latifúndio, essa chaga aberta e purulenta que se alimenta do sangue de brasileiros e brasileiras para manter vivo um capitalismo burocrático, funcional ao imperialismo.
A execução de Luiz Lopes, numa torpe emboscada em uma estrada próxima ao acampamento da fazenda Batente, município de Conceição do Araguaia, sul do Pará, é a 13ª tendo como vítima algum camponês que participou da tomada da fazenda Forkilha no fim de 2007. Segundo as denúncias de seus companheiros, as circunstâncias de sua morte envolvem uma orquestração entre um latifundiário, seus capangas e gente do Incra na tentativa de comprar as lideranças do acampamento Gabriel Pimenta. Luiz teria se negado a aceitar o suborno e os denunciado. Além disto, no dia seguinte ao que foi assassinado, Luiz prestaria depoimento como principal testemunha do assassinato do camponês De Assis, no qual o acusado é o fazendeiro Ernandes, da fazenda Nazaré. Por estas razões Luiz foi assassinado.
Desde que a chamada Operação "Paz no Campo" desencadeada pela gerência estadual de Ana Júlia Carepa/PT, numa verdadeira operação de guerra prendeu, torturou e humilhou centenas de trabalhadores, AND vem denunciando a associação das instituições do Estado com o latifúndio e seus bandos armados na contínua perseguição e assassinato de camponeses no sul do Pará. O próprio Luiz Lopes denunciou inúmeras vezes que sua cabeça estava a prêmio na região, mas nunca renunciou a sua luta pela terra, dando seu contributo de sangue à causa da libertação da terra e dos camponeses das garras do latifúndio semifeudal e da dominação imperialista no Brasil.
O velho Estado a serviço do latifúndio concorre com esse morticínio com todo o tipo de incentivo e acobertamento jurídico. Suas forças policiais prendem, torturam, achacam e desarmam as massas; o Judiciário ordena seguidas e violentas "reintegrações de posse", cobradas pelo STF presidido por Gilmar Mendes. E como os latifundiários são quem detém o poder de fato naquele estado, a gerência estadual do PT se esmera em executar suas ordens.
A verdade é que o conflito no campo está mais radicalizado que nunca. E a violência ainda desaba quase que apenas nas cabeças dos camponeses. Em Pernambuco, município de Brejo da Madre de Deus, cinco camponeses foram também executados em circunstâncias ainda nebulosas enquanto construíam uma casa no assentamento Chico Mendes, dirigido pelo MST. Nesse caso nem Gilmar Mendes nem Luiz Inácio ou os monopólios de imprensa se indignaram.
Em Rondônia, a pistolagem associada às polícias ganha dimensões fabulosas, com os camponeses sofrendo ataques diariamente, seja de bandos armados pelos latifundiários, Polícia Militar, Ambiental, Federal, Força Nacional, Ibama e Incra, que multam camponeses que há anos estão na terra, impedem que lhes chegue alimentos e outros abastecimentos, barram a saída de seus produtos, cercam os acampamentos e despejam tiros sobre homens, mulheres e crianças. Os bandos paramilitares chegam ao ponto de sequestrar e torturar membros do movimento camponês.
Por outro lado, movimentos classistas e combativos têm avançado em sua luta pela destruição do latifúndio, a libertação das forças produtivas e a construção do novo poder passo a passo nas áreas libertadas. Como AND tem noticiado, cresce o número de tomadas de terras nas quais os camponeses recusam qualquer direção oportunista e qualquer relação com o velho Estado. Os processos de Cortes Populares, Assembléias do Poder Popular e Comitês de Defesa da Revolução Agrária se ampliam e deixam cada vez mais claro qual é o caminho para o movimento camponês na atual situação.
Em tempo, agosto marca o aniversário da Batalha de Santa Elina, quando em 1995 bravos camponeses combateram uma força mista de policiais e pistoleiros a soldo do latifundiário Antenor Duarte. Desde então, a cidade de Corumbiara e o estado de Rondônia acompanham o desenvolvimento de um pujante movimento camponês que hoje dá duros golpes no latifúndio. Em sua crise de decomposição em suas três esferas de poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nas suas três instâncias (federal, estadual e municipal), o velho Estado brasileiro, com toda podridão que salta aos olhos do país, só encontra saída na escalada fascista e genocida sobre os pobres em luta, na cidade e no campo.
RAIO X DA COVARDIA RURALISTA
Terror no campo
Luiz Lopes de Barros foi um dos principais mobilizadores e organizadores da histórica tomada do latifúndio Forkilha pelos camponeses, que foram brutalmente reprimidos pela operação "Paz no Campo" desencadeada em 19 de novembro de 2007 pela governadora Ana Júlia (PT) com a finalidade de expulsar 1.100 famílias daquelas terras. [ver AND edição nº 39 de janeiro de 2008].
Durante essa que foi a maior operação militar contra a luta camponesa no Brasil desde a repressão contra a Guerrilha do Araguaia, as forças de repressão do velho Estado burguês-latifundiário prenderam e torturaram centenas de camponeses. E mais uma vez Luiz Lopes se colocou à frente da luta contra a criminalização do movimento camponês combativo participando de audiências públicas, denunciando a perseguição e ameaças a dirigentes e ativistas.
A tomada da Forkilha e a postura combativa da LCP frente às perseguições do latifúndio encorajou ainda mais as massas camponesas do sul do Pará, que desencadearam uma verdadeira onda de tomadas de terras. A cabeça de Luiz Lopes foi colocada a prêmio. Naquela ocasião, a Liga dos Camponeses Pobres denunciou que o latifúndio oferecia entre R$ 50 e R$ 55 mil pela morte do dirigente camponês.
Após a deflagração da operação "Paz no campo", 13 camponeses foram assassinados no sul do Pará. Luiz Lopes denunciou incansavelmente que havia uma lista de 17 camponeses marcados para morrer, inclusive ele próprio. O que se concretiza posteriormente à repressão sangrenta da Forkilha é uma sequência de mortes.
1. Cícero - Assassinado na fazenda Santa Tereza (Redenção)
2. "Barba" - Assassinado no mesmo ataque de pistoleiros contra o camponês Cícero.
3. "Foguinho" - Era acampado da fazenda Forkilha. Assassinado em Redenção.
4. Nivaldo - Mobilizador de famílias para a tomada da Forkilha. Assassinado em Redenção.
5. De Assis - Foi acampado na fazenda Forkilha. Assassinado no Acampamento Nazaré, Conceição do Araguaia.
6. Carlitão - Acampado na fazenda Colorado do complexo Forkilha. Assassinado em Redenção.
7. Rodolfo - Liderança do Acampamento da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
8. José Ribamar - Acampado da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
9. Raimundo Pati - Acampado da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
10. Rivaldo - Conhecida liderança camponesa de Cumaru do Norte e Redenção. Assassinado em Redenção.
11. José Filho - Pequeno proprietário assassinado por grileiros em Redenção.
12. Luiz – Acampado da Vaca Branca. Assassinado com 6 tiros em Redenção. O pistoleiro teve a ousadia de ir ao velório do camponês ameaçar seus familiares.
Luiz Lopes é o 13º nome dessa lista sinistra.
Morte anunciada
Nos últimos meses, Luiz Lopes empenhava-se na mobilização de famílias para uma nova tomada de terras e relatou aos seus companheiros que recebia ameaças constantes.
Outras contradições e cruzamentos de armações entre o Incra e o latifúndio denunciados pela LCP e organizações de defesa dos direitos do povo levantam evidências de que tramavam a morte do companheiro Luiz — declarou Ivan Duarte, ativista do movimento camponês em Redenção, Pará.
Relatos de camponeses contam que recentemente um representante do latifúndio teria telefonado para Luiz Lopes para negociar a desapropriação da área onde se encontra o acampamento Gabriel Pimenta (fruto de uma tomada de terras organizada pela LCP).
— Ele acionou o dispositivo viva-voz do celular e todos puderam ouvir o representante do latifundiário dizer: "vamos conversar com você, estão querendo que essa conversa seja feita aqui em Redenção, vocês podem vir para o hotel" — declarou Ivan Duarte.
Como esse tipo de decisão só poderia ser tomado no Incra, Luiz Lopes decidiu não ir à tal "conversa".
— Logo depois outro preposto do latifúndio telefona para o dirigente camponês e diz: "o Alex está aqui junto com o Batista, eles querem conversar com você sobre uma das fazendas que fazem parte do Gabriel Pimenta, e eles estão aqui no restaurante Panela de Barro..." — continuou Ivan, acrescentando — o Luiz retornou a ligação e colocou o telefone da sede da Liga no viva-voz. Ele respondeu de forma que todos os companheiros pudessem ouvir: "nossa conversa é no INCRA, fora isso não temos o que conversar. Se vocês quiserem discutir, negociar alguma coisa no INCRA nós estamos à disposição, se vocês não querem, não tem conversa".
Os latifundiários ainda tentaram aliciar outros camponeses com a proposta de indenizar os camponeses caso saíssem das terras.
Na terça-feira, dia 9 de junho, os representantes do latifúndio ligam novamente para Luiz Lopes e dizem que se não houvesse negociação, eles iriam decidir o que fazer e apenas comunicariam.
Na sexta-feira (12), o Luiz Lopes participou de uma Assembléia Popular na área Gabriel Pimenta. A Assembléia aprovou por unanimidade avançar com o Corte Popular e recusar a proposta de indenização para desocupação da área.
Terminada a Assembléia, Luiz Lopes leva uma companheira até Conceição do Araguaia e, quando está retornando, sofre uma emboscada e é assassinado.
Com a demora do seu retorno, um de seus filhos saiu à sua procura e encontrou seu corpo junto da motocicleta que lhe servia de transporte. Todos os seus pertences e documentos estavam intocados.
Camponeses de Conceição do Araguaia despedem-se do seu líder
No dia 22 de junho, os camponeses de Conceição do Araguaia, Redenção e região realizaram uma marcante homenagem ao líder camponês Luiz Lopes. Após a missa de 7º dia que lotou a Igreja Matriz de Conceição, os camponeses, representantes de sindicatos, estudantes e a população que conhecia e respeitava Luiz Lopes por sua dedicação à causa da Revolução Agrária entoavam palavras de ordem exigindo justiça. Na Feira Central de Conceição do Araguaia, onde ele trabalhou durante 14 anos, feirantes, camponeses, condutores de moto-taxi, motoristas, pequenos comerciantes e muitas pessoas que passavam pelo local aplaudiram a memória do líder camponês e expressaram sua revolta diante do seu assassinato.
A passeata foi encerrada diante da sede do Incra, onde os guardas e funcionários se atropelavam em correria apavorada perante a indignação das massas camponesas. Mais uma vez, esse órgão da falida ‘reforma’ agrária do velho Estado revelou seu papel de serviçal do latifúndio, negando-se a responder aos questionamentos dos camponeses.
Em nota de denúncia e protesto, a LCP do Pará e Tocantins reafirma e mantém erguida a bandeira de seu líder assassinado, assumindo o compromisso de levar adiante a sua luta: "A morte do companheiro Luiz Lopes foi por causa de sua luta em defesa dos camponeses, em defesa de um país sem latifúndio, por ele sempre ter se colocado à frente do combate às injustiças e barbaridades cometidas contra o povo. Sua morte não foi em vão, seu exemplo de dedicação será lembrado para sempre e a semente lançada por ele vingará e dará bons frutos".
A trama assassina do velho Estado
O Incra
O Instituto havia prometido a entrega de terras em troca da saída das famílias do acampamento Gabriel Pimenta, situado em uma das fazendas do complexo Forkilha. E mesmo essa promessa foi quebrada pelo Incra.
A Pistolagem
Um agente do latifúndio identificado pelos camponeses como "Rubão" teria ameaçado Luiz Lopes caso as famílias não saíssem da Forkilha.
O latifúndio
O Grupo Tortura Nunca Mais — RJ, publicou em sua página na internet que "no dia anterior (à morte de Luiz Lopes), um pistoleiro foi à casa de uma ativista da LCP e ameaçou a ela e a Luiz. "Vocês ganharam um prêmio e vocês vão receber ele essa semana", teria dito o pistoleiro, conhecido por trabalhar para o latifundiário José Hernandez. Luiz era a principal testemunha de acusação contra Hernandez, acusado de ser o mandante do assassinato de outro camponês, De Assis, liderança do assentamento Nazaré".
Vivos na memória do povo
http://www.anovademocracia.com.br/55/12box1.jpg
Gabriel Pimenta, morto em 1982
http://www.anovademocracia.com.br/55/12box2.jpg
Paulo Fontelenes, morto em 1987
Os meses de junho e julho são lembrados com pesar e ódio de classe pelos camponeses pobres do Pará. São meses em que tombaram na luta três dos seus maiores defensores e representantes. Há 27 anos, Gabriel Pimenta, advogado dos camponeses pobres do sul do Pará foi covardemente assassinado pelas costas, aos 27 anos, em 18 de julho de 1982.Há 22 anos, em 17 de junho de 1987, tombou em pleno ofício o advogado e ex-deputado estadual Paulo Fonteles, executado a mando do latifúndio por sua luta em defesa dos camponeses pobres e posseiros do sul e sudeste do Pará. Soma-se a eles no lugar reservado aos heróis do povo do Pará o dirigente camponês Luiz Lopes de Barros.
Pistolagem: o velho Estado armado contra o povo
A pistolagem é uma política corrente do velho Estado para aplacar o movimento camponês. O monopólio dos meios de comunicação, em sua linha editorial encomendada pelo imperialismo, pela grande burguesia e pelo latifúndio, tenta a todo custo descaracterizar os bandos de pistoleiros do latifúndio semifeudal, imputando-lhes a condição de "seguranças privados", "funcionários dos fazendeiros", ou outra terminologia qualquer.
Os números de mortes de camponeses em conflitos pela posse da terra são alarmantes e são a prova documental da política genocida levada a cabo pela gerência de turno contra os pobres do campo.
Já em abril último a Comissão Pastoral da Terra denunciou que o número de assassinatos no campo cresceu 80% na região norte do país, sendo que 72% dos assassinatos de camponeses ocorreram na região amazônica e 46% apenas no estado do Pará.
Isso, tratando apenas de dados oficiais, sem levar em conta os inúmeros "desaparecidos" e assassinatos no campo não registrados diariamente em todo o país.
Luiz Lopes de Barros foi um dos principais mobilizadores e organizadores da histórica tomada do latifúndio Forkilha pelos camponeses, que foram brutalmente reprimidos pela operação "Paz no Campo" desencadeada em 19 de novembro de 2007 pela governadora Ana Júlia (PT) com a finalidade de expulsar 1.100 famílias daquelas terras. [ver AND edição nº 39 de janeiro de 2008].
Durante essa que foi a maior operação militar contra a luta camponesa no Brasil desde a repressão contra a Guerrilha do Araguaia, as forças de repressão do velho Estado burguês-latifundiário prenderam e torturaram centenas de camponeses. E mais uma vez Luiz Lopes se colocou à frente da luta contra a criminalização do movimento camponês combativo participando de audiências públicas, denunciando a perseguição e ameaças a dirigentes e ativistas.
A tomada da Forkilha e a postura combativa da LCP frente às perseguições do latifúndio encorajou ainda mais as massas camponesas do sul do Pará, que desencadearam uma verdadeira onda de tomadas de terras. A cabeça de Luiz Lopes foi colocada a prêmio. Naquela ocasião, a Liga dos Camponeses Pobres denunciou que o latifúndio oferecia entre R$ 50 e R$ 55 mil pela morte do dirigente camponês.
Após a deflagração da operação "Paz no campo", 13 camponeses foram assassinados no sul do Pará. Luiz Lopes denunciou incansavelmente que havia uma lista de 17 camponeses marcados para morrer, inclusive ele próprio. O que se concretiza posteriormente à repressão sangrenta da Forkilha é uma sequência de mortes.
1. Cícero - Assassinado na fazenda Santa Tereza (Redenção)
2. "Barba" - Assassinado no mesmo ataque de pistoleiros contra o camponês Cícero.
3. "Foguinho" - Era acampado da fazenda Forkilha. Assassinado em Redenção.
4. Nivaldo - Mobilizador de famílias para a tomada da Forkilha. Assassinado em Redenção.
5. De Assis - Foi acampado na fazenda Forkilha. Assassinado no Acampamento Nazaré, Conceição do Araguaia.
6. Carlitão - Acampado na fazenda Colorado do complexo Forkilha. Assassinado em Redenção.
7. Rodolfo - Liderança do Acampamento da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
8. José Ribamar - Acampado da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
9. Raimundo Pati - Acampado da fazenda Vaca Branca. Assassinado em Redenção.
10. Rivaldo - Conhecida liderança camponesa de Cumaru do Norte e Redenção. Assassinado em Redenção.
11. José Filho - Pequeno proprietário assassinado por grileiros em Redenção.
12. Luiz – Acampado da Vaca Branca. Assassinado com 6 tiros em Redenção. O pistoleiro teve a ousadia de ir ao velório do camponês ameaçar seus familiares.
Luiz Lopes é o 13º nome dessa lista sinistra.
Morte anunciada
Nos últimos meses, Luiz Lopes empenhava-se na mobilização de famílias para uma nova tomada de terras e relatou aos seus companheiros que recebia ameaças constantes.
Outras contradições e cruzamentos de armações entre o Incra e o latifúndio denunciados pela LCP e organizações de defesa dos direitos do povo levantam evidências de que tramavam a morte do companheiro Luiz — declarou Ivan Duarte, ativista do movimento camponês em Redenção, Pará.
Relatos de camponeses contam que recentemente um representante do latifúndio teria telefonado para Luiz Lopes para negociar a desapropriação da área onde se encontra o acampamento Gabriel Pimenta (fruto de uma tomada de terras organizada pela LCP).
— Ele acionou o dispositivo viva-voz do celular e todos puderam ouvir o representante do latifundiário dizer: "vamos conversar com você, estão querendo que essa conversa seja feita aqui em Redenção, vocês podem vir para o hotel" — declarou Ivan Duarte.
Como esse tipo de decisão só poderia ser tomado no Incra, Luiz Lopes decidiu não ir à tal "conversa".
— Logo depois outro preposto do latifúndio telefona para o dirigente camponês e diz: "o Alex está aqui junto com o Batista, eles querem conversar com você sobre uma das fazendas que fazem parte do Gabriel Pimenta, e eles estão aqui no restaurante Panela de Barro..." — continuou Ivan, acrescentando — o Luiz retornou a ligação e colocou o telefone da sede da Liga no viva-voz. Ele respondeu de forma que todos os companheiros pudessem ouvir: "nossa conversa é no INCRA, fora isso não temos o que conversar. Se vocês quiserem discutir, negociar alguma coisa no INCRA nós estamos à disposição, se vocês não querem, não tem conversa".
Os latifundiários ainda tentaram aliciar outros camponeses com a proposta de indenizar os camponeses caso saíssem das terras.
Na terça-feira, dia 9 de junho, os representantes do latifúndio ligam novamente para Luiz Lopes e dizem que se não houvesse negociação, eles iriam decidir o que fazer e apenas comunicariam.
Na sexta-feira (12), o Luiz Lopes participou de uma Assembléia Popular na área Gabriel Pimenta. A Assembléia aprovou por unanimidade avançar com o Corte Popular e recusar a proposta de indenização para desocupação da área.
Terminada a Assembléia, Luiz Lopes leva uma companheira até Conceição do Araguaia e, quando está retornando, sofre uma emboscada e é assassinado.
Com a demora do seu retorno, um de seus filhos saiu à sua procura e encontrou seu corpo junto da motocicleta que lhe servia de transporte. Todos os seus pertences e documentos estavam intocados.
Camponeses de Conceição do Araguaia despedem-se do seu líder
No dia 22 de junho, os camponeses de Conceição do Araguaia, Redenção e região realizaram uma marcante homenagem ao líder camponês Luiz Lopes. Após a missa de 7º dia que lotou a Igreja Matriz de Conceição, os camponeses, representantes de sindicatos, estudantes e a população que conhecia e respeitava Luiz Lopes por sua dedicação à causa da Revolução Agrária entoavam palavras de ordem exigindo justiça. Na Feira Central de Conceição do Araguaia, onde ele trabalhou durante 14 anos, feirantes, camponeses, condutores de moto-taxi, motoristas, pequenos comerciantes e muitas pessoas que passavam pelo local aplaudiram a memória do líder camponês e expressaram sua revolta diante do seu assassinato.
A passeata foi encerrada diante da sede do Incra, onde os guardas e funcionários se atropelavam em correria apavorada perante a indignação das massas camponesas. Mais uma vez, esse órgão da falida ‘reforma’ agrária do velho Estado revelou seu papel de serviçal do latifúndio, negando-se a responder aos questionamentos dos camponeses.
Em nota de denúncia e protesto, a LCP do Pará e Tocantins reafirma e mantém erguida a bandeira de seu líder assassinado, assumindo o compromisso de levar adiante a sua luta: "A morte do companheiro Luiz Lopes foi por causa de sua luta em defesa dos camponeses, em defesa de um país sem latifúndio, por ele sempre ter se colocado à frente do combate às injustiças e barbaridades cometidas contra o povo. Sua morte não foi em vão, seu exemplo de dedicação será lembrado para sempre e a semente lançada por ele vingará e dará bons frutos".
A trama assassina do velho Estado
O Incra
O Instituto havia prometido a entrega de terras em troca da saída das famílias do acampamento Gabriel Pimenta, situado em uma das fazendas do complexo Forkilha. E mesmo essa promessa foi quebrada pelo Incra.
A Pistolagem
Um agente do latifúndio identificado pelos camponeses como "Rubão" teria ameaçado Luiz Lopes caso as famílias não saíssem da Forkilha.
O latifúndio
O Grupo Tortura Nunca Mais — RJ, publicou em sua página na internet que "no dia anterior (à morte de Luiz Lopes), um pistoleiro foi à casa de uma ativista da LCP e ameaçou a ela e a Luiz. "Vocês ganharam um prêmio e vocês vão receber ele essa semana", teria dito o pistoleiro, conhecido por trabalhar para o latifundiário José Hernandez. Luiz era a principal testemunha de acusação contra Hernandez, acusado de ser o mandante do assassinato de outro camponês, De Assis, liderança do assentamento Nazaré".
Vivos na memória do povo
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Gabriel Pimenta, morto em 1982
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Paulo Fontelenes, morto em 1987
Os meses de junho e julho são lembrados com pesar e ódio de classe pelos camponeses pobres do Pará. São meses em que tombaram na luta três dos seus maiores defensores e representantes. Há 27 anos, Gabriel Pimenta, advogado dos camponeses pobres do sul do Pará foi covardemente assassinado pelas costas, aos 27 anos, em 18 de julho de 1982.Há 22 anos, em 17 de junho de 1987, tombou em pleno ofício o advogado e ex-deputado estadual Paulo Fonteles, executado a mando do latifúndio por sua luta em defesa dos camponeses pobres e posseiros do sul e sudeste do Pará. Soma-se a eles no lugar reservado aos heróis do povo do Pará o dirigente camponês Luiz Lopes de Barros.
Pistolagem: o velho Estado armado contra o povo
A pistolagem é uma política corrente do velho Estado para aplacar o movimento camponês. O monopólio dos meios de comunicação, em sua linha editorial encomendada pelo imperialismo, pela grande burguesia e pelo latifúndio, tenta a todo custo descaracterizar os bandos de pistoleiros do latifúndio semifeudal, imputando-lhes a condição de "seguranças privados", "funcionários dos fazendeiros", ou outra terminologia qualquer.
Os números de mortes de camponeses em conflitos pela posse da terra são alarmantes e são a prova documental da política genocida levada a cabo pela gerência de turno contra os pobres do campo.
Já em abril último a Comissão Pastoral da Terra denunciou que o número de assassinatos no campo cresceu 80% na região norte do país, sendo que 72% dos assassinatos de camponeses ocorreram na região amazônica e 46% apenas no estado do Pará.
Isso, tratando apenas de dados oficiais, sem levar em conta os inúmeros "desaparecidos" e assassinatos no campo não registrados diariamente em todo o país.
O governo do Pará é um governo de tortura, que chama os trabalhadores de bandidos. A revista IstoÉ, sem apurar o que está se passando, também nos chama de bandidos. Eu sou um companheiro que se pode falar, tenho coragem. Tenho denunciado, tenho ido à Brasília, falado com repórteres, falado sobre nossa situação. Depois que a Ana Júlia (governadora do Pará) determinou aquela "paz no campo", que é a tortura no campo, já morreram mais de 10 companheiros. Muitos, além de serem torturados, foram perseguidos pela "justiça", e muitos ainda hoje são perseguidos.
Eu quero dizer o seguinte: temos que nos unir, camponeses e operários, e fazer a Revolução Agrária nesse país. Só assim conseguiremos os nossos direitos. Assim vamos vencer essa batalha.
Revolução agrária já!"
Fala de Luiz Lopes durante ato do 1º de maio classista de 2008 em São Paulo.
Eu quero dizer o seguinte: temos que nos unir, camponeses e operários, e fazer a Revolução Agrária nesse país. Só assim conseguiremos os nossos direitos. Assim vamos vencer essa batalha.
Revolução agrária já!"
Fala de Luiz Lopes durante ato do 1º de maio classista de 2008 em São Paulo.
domingo, 2 de agosto de 2009
Daniel Dantas, Sarney e Lula. Nada a ver?
(DO SITE DA FUNDAÇÃO LAURO CAMPOS)
Milton Temer
A Operação Satiagraha já havia detectado. O delegado Protógenes já havia tornado público. Agora é o próprio jornalão do Rio, em bem fundada matéria de Liana Melo, quem confirma aos brasileiros que não adianta apenas se precaver contra o que antes se localizava nas falcatruas financeiras. Agora, temos um instrumento de atividade predatória muito mais perigoso, nas mãos do banqueiro Daniel Dantas e sua troupe - a apropriação, por meio da Global Mine Exploration (GME) de nada mais, nada menos do que 2,1 milhões de hectares do subsolo brasileiro, ao longo de 14 Estados da Federação.
Ou seja, a despeito de tudo o que já justificou aceitação de denúncia contra o referido "elemento" (não é assim que a "puliça" se refere aos pés-de-chinelo que metem no xilindró, às vezes sem culpa formada?), ele encontra espaços para se locupletar com as concessões que lhe são doadas e que propiciam a formação de um outro tipo de banco, no qual o capital estrangeiro vai encontrar a brecha para se apropriar do nosso ferro, do nosso manganês, do nosso ouro, do nosso, enfim, metal precioso ou estratégico, cujo alvará de exploração o banqueiro conseguiu obter no espaço entre as prisões pelos crimes financeiros que lhe são imputados.
Não pode, portanto, calar a pergunta: por que meios, esse sempre suspeito de estar cometendo alguma ação atentatória ao bem comum obtém tais privilegiadas concessões? Sim, porque para explorar o subsolo, a Constituição impõe a obtenção de licença do poder público, já que o proprietário do solo não é dono do que existe nas suas profundezas. E o referido "elemento" já tem em mãos, segundo a reportagem, 1381 autorizações do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão operativo do Ministério de Minas e Energia, sob direção de um dos mais próximos acólitos de Sarney, o pianista Edson Lobão.
Minha tristeza é dupla.. A primeira, como cidadão. A segunda, por ver minha lembrança de juventude tisnada pelo episódio em pauta. 1381 era o número-identidade pelo qual respondia chamadas quando aluno do Colégio Militar. Mas, vida que segue, volto ao grão para colocar questões concretas.
Daniel Dantas pode estar amealhando tal poderio sobre nossas riquezas minerais sem que outras autoridades, além do trêfego e desqualificado Edson Lobão, tenham conhecimento? Uma operação de tal grandeza pode estar sendo concretizada à revelia das informações certamente arquivadas na Abin e encaminhadas ao Planalto, sem que isso inspire nenhuma preocupação à Presidência da República? Melhor dizendo, sem que isso inspire qualquer preocupação a Luiz Inácio Lula da Silva?
Se não estiver causando nenhuma preocupação, ninguém poderá impedir a óbvia conclusão: há algo mais do que aviões de carreira nos céus que propiciam tão sólida aliança entre Sarney e Lula. Os nomes e instâncias governamentais envolvidos nesses ramos de negócios do banqueiro Daniel Dantas comprovam que, a despeito do que se passa no âmbito da política parlamentar, alguma coisa de comum, e sólida, existe na relação entre os Presidentes da República e do Senado, sem o que não se explicaria tantas benesses ao suspeito indiciado, denunciado e já condenado banqueiro Daniel Dantas. Há, entre os três, algo em comum, soterrado por milhões de toneladas de solo brasileiro. Vale a pena a atenção de perto sobre o desdobramento das ações do predador.
Milton Temer é jornalista e presidente da Fundação Lauro Campos
Milton Temer
A Operação Satiagraha já havia detectado. O delegado Protógenes já havia tornado público. Agora é o próprio jornalão do Rio, em bem fundada matéria de Liana Melo, quem confirma aos brasileiros que não adianta apenas se precaver contra o que antes se localizava nas falcatruas financeiras. Agora, temos um instrumento de atividade predatória muito mais perigoso, nas mãos do banqueiro Daniel Dantas e sua troupe - a apropriação, por meio da Global Mine Exploration (GME) de nada mais, nada menos do que 2,1 milhões de hectares do subsolo brasileiro, ao longo de 14 Estados da Federação.
Ou seja, a despeito de tudo o que já justificou aceitação de denúncia contra o referido "elemento" (não é assim que a "puliça" se refere aos pés-de-chinelo que metem no xilindró, às vezes sem culpa formada?), ele encontra espaços para se locupletar com as concessões que lhe são doadas e que propiciam a formação de um outro tipo de banco, no qual o capital estrangeiro vai encontrar a brecha para se apropriar do nosso ferro, do nosso manganês, do nosso ouro, do nosso, enfim, metal precioso ou estratégico, cujo alvará de exploração o banqueiro conseguiu obter no espaço entre as prisões pelos crimes financeiros que lhe são imputados.
Não pode, portanto, calar a pergunta: por que meios, esse sempre suspeito de estar cometendo alguma ação atentatória ao bem comum obtém tais privilegiadas concessões? Sim, porque para explorar o subsolo, a Constituição impõe a obtenção de licença do poder público, já que o proprietário do solo não é dono do que existe nas suas profundezas. E o referido "elemento" já tem em mãos, segundo a reportagem, 1381 autorizações do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão operativo do Ministério de Minas e Energia, sob direção de um dos mais próximos acólitos de Sarney, o pianista Edson Lobão.
Minha tristeza é dupla.. A primeira, como cidadão. A segunda, por ver minha lembrança de juventude tisnada pelo episódio em pauta. 1381 era o número-identidade pelo qual respondia chamadas quando aluno do Colégio Militar. Mas, vida que segue, volto ao grão para colocar questões concretas.
Daniel Dantas pode estar amealhando tal poderio sobre nossas riquezas minerais sem que outras autoridades, além do trêfego e desqualificado Edson Lobão, tenham conhecimento? Uma operação de tal grandeza pode estar sendo concretizada à revelia das informações certamente arquivadas na Abin e encaminhadas ao Planalto, sem que isso inspire nenhuma preocupação à Presidência da República? Melhor dizendo, sem que isso inspire qualquer preocupação a Luiz Inácio Lula da Silva?
Se não estiver causando nenhuma preocupação, ninguém poderá impedir a óbvia conclusão: há algo mais do que aviões de carreira nos céus que propiciam tão sólida aliança entre Sarney e Lula. Os nomes e instâncias governamentais envolvidos nesses ramos de negócios do banqueiro Daniel Dantas comprovam que, a despeito do que se passa no âmbito da política parlamentar, alguma coisa de comum, e sólida, existe na relação entre os Presidentes da República e do Senado, sem o que não se explicaria tantas benesses ao suspeito indiciado, denunciado e já condenado banqueiro Daniel Dantas. Há, entre os três, algo em comum, soterrado por milhões de toneladas de solo brasileiro. Vale a pena a atenção de perto sobre o desdobramento das ações do predador.
Milton Temer é jornalista e presidente da Fundação Lauro Campos
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