sexta-feira, 7 de agosto de 2009



Quem é a juíza que definirá futuro de Yeda
Simone Barbisan Fortes já analisou 60 mil páginas relativas à Rodin
Desde 6 de novembro de 2007, os olhos dos gaúchos se voltam para a juíza Simone Barbisan Fortes, que autorizou a deflagração da Operação Rodin.

Na nota à imprensa que divulgou naquela data, a magistrada deixava claro que o processo estava em mãos firmes. Ela autorizou prisões, buscas e apreensão de documentos em casas de suspeitos e em instituições, determinou o afastamento de titulares de cargos públicos e explicou o funcionamento das fraudes que envolveram o Detran gaúcho e duas fundações ligadas à UFSM. Foi com o aval dela que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal puderam monitorar telefones e e-mails que ajudaram na investigação e produziram material que hoje serve como prova.

Na mesma nota divulgada há quase três anos, a juíza achou importante pontuar que a investigação da época centrou-se sobre o grupo que usava as fundações, mas que ele não era o único em que se suspeitava haver irregularidades. A investigação poderia conduzir a outros inquéritos policiais. Estava dado o recado.

Embora de braço forte, a juíza que deve ganhar ainda mais holofotes se define como reservada.

– Se tivesse escolha, não gostaria de aparecer – disse ela, na primeira entrevista para falar do caso Rodin.

As 1,2 mil páginas que chegaram quarta-feira à 3ª Vara não devem intimidar Simone, que analisou, nos processos anteriores da Rodin, mais de 60 mil páginas sobre a fraude.

Ontem, a juíza ouviu os dois últimos depoimentos de réus da acção criminal. Simone adiantou que não tem prazo para dar seguimento à ação civil pública. Mais tarde, ela recebeu o advogado do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, e franqueou acesso à ação para o procurador de Vargas. Simone adiantou que o acesso será liberado aos advogados de todos os réus.

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