Feito Justo Veríssimo
No início do século passado, um governador cearense mandou fechar as fronteiras de Fortaleza a fim de conter a invasão de uma imensa legião de famintos que fugia da seca no sertão. Dispensável dizer que essa atitude abjeta provocou dezenas de mortes de quem ficou pelo caminho, impedido de procurar comida.
Brutalidade semelhante acaba de ser cometida em São Paulo.Segundo informa o blog do jornalista Luiz Carlos Azenha, "As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas. Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros."
Ainda, segundo a matéria de Azenha, desde 1987 (tempos quercistas), o rio não é dragado o que dificulta o escoamento das águas e qualquer chuva mais forte provoca alagamentos.Tudo leva a crer que isso motivou a opção macabra e cruel. Ou alagava a marginal do rio Tietê ou matava pessoa da favela Pantanal. Optaram pela segunda... enquanto isso, o governador paulista José Serra passeia por Copenhague.
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